Em 14 de Outubro de 2012, Felix Baumgartner, um paraquedista austríaco, concluiu o objetivo do projeto Red Bull Stratos e realizou um salto de 39 mil metros, sendo o salto mais alto de todos os tempos, partindo nada mais nada menos que da estratosfera no qual ele chegou através de um balão especialmente preparado para tal feito. E este não foi o único cuidado, pois para se conquistar tal feito, ele passou por uma preparação minunciosa, tomando assim vários cuidados como por exemplo empregando telemetrias adequada e altamente calibradas, fazer Felix respirar oxigênio puro para eliminar o nitrogênio de seus sangue, que poderia se expandir em alturas elevadas e com isto ameaçar sua saúde.
O staff do projeto contava com especialistas altamente qualificados e entre eles estava Joe Kittinger na categoria de consultor especial, detentor do recorde anterior que havia sido estabelecido em 1960. Vendo um documentário sobre o tal feito, houve algo que Joe comentou que me chamou muito a atenção:
“Teve muita gente falando sobre como as ondas de choque da barreira de som poderiam partí-lo ao meio” o que deixou Joe muito triste e frustrado, pois “aqueles que insistiam em afirmar estas coisas, não consultaram a equipe Stratos para saber os cuidados que eles estavam tomando, não eram especialistas no assunto e não possuíam nenhuma fundamentação e realizavam tais afirmações apenas porque eles podiam”.
Bom, Joe deveria estar mais acostumado com esta situação pois esta é um das constantes da humanidade. Independente das motivações, *parece* que ser leviano é regra e não exceção. Além disto há a “recursividade dos sem noção“, onde sem argumentos racionais o imprudente critica o insensato que acredita e potencializa os delírios do leviano. E há quem afirme que o segredo do sucesso é saber conviver com tudo isto, convencer e ser articulado para sobreviver.
Mas sou muito solidário ao Joe, eu entendo totalmente o desconforto dele.
Num dos muitos contextos que posso citar, é muito comum vermos discussões em foruns e listas baseadas em artigos equivocados ou baseado em pesquisas de caráter duvidoso, algumas vezes as imprecisões logo vem a tona pela análise de seus integrantes, mas sempre há (quando não são maioria) os simpatizantes dos levianos por razões simples, tanto o autor quanto seus simpatizantes estão falando aquilo que eles desejam que seja verdade e não a realidade ou simplesmente são analistas imprudentes.
Acidentes acontecem, ninguém é perfeito, todos estão propensos ao erro e o alvo de minha crítica é ao cerne de cada uma das iniciativas. É a insistência e a recorrência que classifica o indivíduo.
Namastê!